segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Preso líder de seita demoníaca que estuprava menores

Preso líder de seita demoníaca que estuprava menoresImagem ilustrativa
Meninas faziam invocações, bebiam sangue de animais e tinham que matar um desafeto.
A Polícia Civil do Amazonas apresentou Renato Reis Fragata, 30 anos, como o líder de uma seita demoníaca. Ele é suspeito de ter violentado mais de 70 adolescentes, além de obriga-las a participar de rituais de magia negra.
Os crimes ocorreram nas cidades de Parintins e Iranduba, e foram desvendados após algumas vítimas fazerem denúncias. As adolescentes envolvidas têm entre 13 e 17 anos. O suspeito admitiu que teve relações sexuais, mas que era consensual. Ele conta que se aproximava das jovens na porta das escolas e fazia contatos por redes sociais. Diante dos repórteres limitou-se a dizer: “Eu represento Lúcifer na terra”.
Paulo Mavignier, delegado titular de Iranduba, relata: “Motivadas pela curiosidade, essas garotas acabavam aceitando participar do grupo satânico. Ele, então, repassava orações satanistas baixadas da internet para as vítimas e realizava rituais de iniciação. Para evoluírem na seita, as meninas tinham que fazer duelo de orações, beber sangue de animais, matar um desafeto e, por fim, manter relações sexuais com ele. Segundo o depoimento do Renato e de algumas vítimas, ao fazer sexo com ele, as garotas receberiam o poder que ele dizia ter, transformando essas meninas em bruxas”. Não há comprovações que nenhuma delas tenha cometido um homicídio, mas admitem terem seguido os rituais.
Em depoimento à polícia, ficou confirmado que ele manteve relações sexuais com 13 garotas em Iranduba e mais de 60 em Parintins. Algumas vezes, o contato sexual era feito nos cemitérios das cidades.
seitademoniaca Preso líder de seita demoníaca que estuprava menoresRENATO REIS FRAGATA
Renato vai responder pelos crimes de estupro de vulnerável, corrupção de menores e por divulgação de material pornográfico de adolescentes. A polícia investiga um caso de aborto realizado pelo suspeito.
“Uma das meninas engravidou de outro homem e o próprio Renato acabou realizando um procedimento de aborto. Segundo ele, o aborto teria sido feito através de uma oração, mas isso ainda estamos investigando”, esclarece o delegado Mavignier.

A força política dos evangélicos

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A igreja católica há muito tempo deixou de ser a queridinha do governo petista do Acre. A vez agora é dos evangélicos.
Católico de berço, integrante do Encontro de Casais com Cristo, o ECC, e devoto de São Sebastião, o governador do Acre, Sebastião Viana, deixou sua devoção e paixão religiosa de lado e na nova composição de governo que passa a comandar o Estado a partir de 1º de janeiro, colocou pastores e membros influentes de igrejas evangélicas do Acre.
As orações dos padres Leôncio Asfury e Massimo Lombardi, petistas declarados, não foram fortes o suficiente para manter a cota de cargos da igreja católica. Antônio Torres, membro fiel da igreja, que nos últimos quatro anos comandou a Secretaria de Desenvolvimento Social, perdeu o cargo.
A indicação de Gabriel Maia para a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social parece que pegou muita gente de surpresa, um deles, o atual secretário Antônio Torres usou as redes sociais para dizer que amanheceu o dia de hoje entregando seus passos para Deus.
“E, após o anúncio da nova equipe de governo, agradeço ao Senhor pela oportunidade de ter sido secretário de Desenvolvimento Social nesses quatro anos (2011-2014)”, disse Antônio Torres.
Em texto melancólico, Torres  afirma que vai continuar contribuindo com as boas mudanças e alimenta uma esperança de ser nomeado para segundo ou terceiro escalão: “meu coração estará sempre motivado a contribuir para as boas mudanças do Nosso Estado, independente da missão que me for confiada”, concluiu.
Na composição, o líder da Igreja Batista do Bosque, pastor Agostinho Gonçalves, mostrou que tem mais poder de fogo que todos os partidos nanicos juntos. Agostinho é padrinho de Jamyl Asfury, que passa a comandar a partir de janeiro a Secretaria de Habitação do Estado, e de Gemil Júnior, ex-gerente da Amazongás, também membro da IBB, que será o novo diretor-presidente do Detran.
A Universal do Reino de Deus é representada por Diego Rodrigues, que vai para o Procon. O pastor Henry Nogueira, candidato derrotado pelo PDT nas últimas eleições, esse da cota pessoal do governador Sebastião Viana, será secretário de Pequenos Negócios.
O pastor Rodson, presidente da Batista da Liberdade, assessor de Sebastião Viana, vai dirigir o Pronto Socorro a partir de janeiro. Apesar de pastorear uma denominação pequena, Rodson já presidiu a Associação dos Ministros Evangélicos do Acre, a Ameacre, e é uma espécie de interlocutor entre evangélicos de menos expressão e o Palácio Rio Branco.
Da Igreja Renovada, a jornalista Rachel Moreira, é outra evangélica do primeiro escalão. Ela permanece como secretária de Turismo do governo de Sebastião Viana. Seu irmão, o deputado Astério Moreira, que professa a mesma fé, quando deixar o parlamento irá para a subsecretaria adjunta de Comunicação do Estado.
Mas a aliança política/religiosa de Sebastião tem explicação.
O petista na verdade estaria de olho na legião de evangélicos que atualmente tem o Acre e que a cada dia é mais crescente. De acordo com último censo do IBGE, Rio Branco é a capital mais evangélica do País. Só na capital são cerca de 1.340 templos. O Acre possui hoje, segundo o Instituto, 239.589 mil protestantes, o equivalente a 39% da população total do estado.